sábado, 23 de fevereiro de 2013

Recife já tem engarrafamento de motos


Quando optou por comprar uma moto, o vendedor Antônio Carlos Vasconcelos, 28 anos, pensava na economia de combustível e na maior rapidez que teria em seus deslocamentos pela Região Metropolitana do Recife. Bastaram três anos apenas para ele perceber que, mesmo sobre um veículo de duas rodas, também viraria refém da falta de mobilidade no trânsito. O fenômeno tem explicação. De 1990 para cá, o número de motos no estado aumentou 25 vezes, segundo dados do Detran-PE. Foi um salto 33.381m para 842.501 unidades. 
O resultado desse boom são fileiras de motos emparelhadas nas vias congestionadas, além de um festival de infrações ao Código de Trânsito Brasileiro.

Um retrato dessa nova realidade pode ser observado em vias já conhecidas pelos congestionamentos de carros, como a Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, no Recife. No trecho entre o Shopping Tacaruna e o Cemitério dos Ingleses, por exemplo, as motos seguem em verdadeiras “filas indianas” criadas pelos motociclistas nos horários de rush. “Acho que deveriam implantar corredores exclusivos para motos, como existe em São Paulo e como acontece com as bicicletas em algumas cidades”, comenta o vendedor Antônio Vasconcelos. A Rua Imperial, em Afogados, também virou cenário para os engarrafamentos de motos. Nas vias estreitas, os motociclistas se espremem entre os carros. Os que buscam mais “facilidade” no percurso, sobem nas calçadas, colocando a vida dos pedestres em risco. 



Nas principais emergências do estado e nas UPAs, a situação já começa a ser revelada em forma de pacientes atropelados há cerca de um ano. “Os motociclistas estão usando as calçadas e atropelando as pessoas. As unidades sentinelas dos hospitais detectaram essa nova patologia. A situação é grave e atinge mais os idosos”, denuncia o médico João Veiga, do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Motos de Pernambuco.

Fonte: Web site diario de pernambuco


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