quinta-feira, 7 de março de 2013

Rombo de R$ 28 milhões deixado por Yves Ribeiro. "A herança"




Em meio a tantas mudanças e cobranças ao atual governo, era de se esperar justificativas para o não cumprimento de algumas demandas, entre elas a realização das obras que foram iniciadas e subsidiadas pelo Governo Federal. Em entrevista realizada pelo jornal Folha de Pernambuco com o atual Prefeito Júnior Matuto dá pra identificar "a Herança" que foi deixada pelo antecessor.


A relação entre o ex-prefeito e o atual de Paulista, Yves Ribeiro (PSB) e Júnior Matuto (PSB), respectivamente, dá mostras que não anda nada bem. A novidade é que o novo gestor do município – que recebeu apoio formal de Yves durante a campanha eleitoral – decidiu paralisar 30 obras na cidade por conta de pendências de pagamentos de contrapartidas e reajustes de convênios firmados pelo antecessor. A suspensão começou nesta quinta-feira (28). O rombo da dívida gira em torno de R$ 28 milhões.
A paralisação vai atingir de várias obras, como reurbanização da orla, a construção de casas populares, revestimento de canais, contenção de encostas, entre outras intervenções. Com a suspensão, o prefeito Júnior Matuto vai realizar um estudo dos projetos-executivos existentes na prefeitura, avaliar o andamento dos serviços e as planilhas de custos. As empresas responsáveis pelas construções serão comunicadas pela prefeitura sobre a decisão.
Muitos contratos receberam verbas do Governo Federal. A maioria foi financiada por parte Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por isso, Matuto vai promover encontros com os ministérios da Integração Nacional e das Cidades, na tentativa de encontrar soluções para o impasse. Júnior Matuto revelou também que a prefeitura não dispõe dessa verba para cumprir com as obrigações legais exigidas pelos convênios.
“Para se ter uma ideia, no caso da obra de recuperação do calçadão de trecho da avenida Beira-mar, no Janga, nem se quer localizamos nos arquivos da prefeitura o decreto de emergência necessário. A obra também não teve a licença ambiental expedida pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) não autorizou o início dos trabalhos. Até mesmo o projeto executivo não existe”, argumentou Junior Matuto, lembrando que todos esses itens deveriam ter sido providenciados pelos governos anteriores.

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