A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados que torna mais rígida a
Lei Seca prevê também um aumento da multa para quem dirige sob efeito
de álcool. O valor, hoje estipulado em R$ 957,70 passaria para R$
1.915,40. O projeto de lei deverá ser colocado em votação na próxima
quarta-feira (11), segundo acordo costurado pelo presidente da Câmara,
Marco Maia (PT-RS).
Além da multa, o motorista que dirige bêbado está sujeito a suspensão
do direito de dirigir por um ano e retenção do veículo, além de
responder na esfera criminal, com pena que varia de seis meses a dois
anos de prisão.
A proposta tem como foco a inclusão de outras formas, além do bafômetro
e do exame de sangue, para provar a embriaguez ao volante. No último
dia 28, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o exame clínico
(constatação por observação médica) e relatos de testemunhas (incluindo
autoridades) não servem como provas no processo criminal.
O projeto que será votado admite como prova "teste de alcoolemia, exame
clínico, perícia, imagens, vídeos, prova testemunhal ou outros meios
que, técnica ou cientificamente, permitam aferir a condição". O texto
recebeu apoio do Ministério da Justiça e, segundo parlamentares que
participaram das discussões, já há acordo entre os líderes para que esta
versão do projeto seja aprovada.
Outra novidade do projeto vai prever que o Conselho Nacional de
Trânsito (Contran) regulamente os testes para verificar quando o
motorista estiver sob o efeito de qualquer "substância psicoativa".
Hoje, o Código de Trânsito Brasileiro prevê a proibição de se dirigir
sob o efeito destas substâncias, mas não trata da fiscalização.
Fonte
Portal de noticias Globo
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